El amor

 Pela primeira vez experimento amar e deixar ser

O quanto já desejei isso não se escreve, o pouco que pude realizar tenho em conta

É que medo dá, deixar o outro ser e ser o que se quer, de tantas possibilidades que a liberdade contém

Ao mesmo tempo, flutuar no incerto enquanto o que sinto é sagrado e imutável por só ser, sem preocupação do segundo que segue, é o maior presente que já experimentei

Em voo livre te vejo, e me vejo junto, ainda que nossos voos sintonizem outras direções em qualquer vento-momento, isso já me escapa a dor,porque vivo esse ardor do agora tão intenso como uma flama que se alimenta do oxigênio sem saber-se cinza antes do momento

Abrir a porta e sorrir nunca foi tão nítido e vivo

Rir e deixar as idiossincrassias do comum se esvaírem antes mesmo de ousarem chegar

Abandonando tamanhas feridas com toda honra de seus serviços, renasço em meus braços, e beijo minhas poderosas mãos que constroem novos rumos,em outras frequências, que jamais seriam alcançadas sem minhas garras felinas e coração intuitivo e ressonante

Compartilhando a simplicidade

Tudo que sempre busquei, tantos caminhos pra chegar no caminho, sem marca de chegada

Te vejo, te admiro e me transformo porque sinto, porque ir é o único jeito de seguir em movimento

E que queda tenho pelas transformações, ou que salto me impulsiona para elas

Então isso é tudo? 

Seguimos a dança, sem coreografia, sem começo, sem fim

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